segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Era preciso amá-lo muito para deixá-lo partir...

Não é fácil - Marisa Monte


Não é fácil

Não pensar em você

Não é fácil

É estranho

Não te contar meus planos

Não te encontrar

 

Todo dia de manhã

Enquanto tomo meu café amargo

É, ainda boto fé

De um dia te ter ao meu lado



Na verdade eu preciso aprender

Não é fácil, não é fácil

Onde você anda

Onde está você


Toda vez que saio

Me preparo pra talvez te ver

Na verdade eu preciso esquecer

Não é fácil, não é fácil


Todo dia de manhã

Enquanto tomo meu café amargo

É, ainda boto fé

De um dia te ter ao meu lado


O que eu faço

O que posso fazer?

Não é fácil

Não é fácil


Se você quisesse ia ser tão legal

Acho que eu seria mais feliz

Do que qualquer mortal


Na verdade não consigo esquecer

Não é fácil

É estranho

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Os sonhos que reinavam no início da possivel estória de amor entre eles, foram interrompidos antes mesmo de serem registrados nos documentos da realidade. Buscavam felicidade. Ela determinada, preferia fechar os olhos, respirar fundo e lutar. Ele acomodado, escondia-se. Trancava-se dentro do armário, com medo que o teto desbasse antes que pudesse refugiar-se. As diferenças eram estridentes. O erro foi insistir! Ela preferia ouvir a voz dos seus sentimentos, que por muitas vezes acabavam transtornando-a. Mas ainda conseguia acreditar no poder subjetivo da sua intuição.
Para ele, mais uma brincadeira de ciranda. Aonde ele rodava e nunca saia do mesmo lugar. Vivia, dizia, e nada fazia! Ele falava que o futuro é construido no presente. Pobre coitado, ele não havia construido nada em seus muitos anos de vida. O que possuia eram frutos gerados através do esforço de "outros quem's".
Ela via claramente a trilha que seguiria, via lá na frente como era a paisagem... Ele já havia ficado pra trás muito antes. Mas não foi fácil a despedida. Ele era covarde, não lutava, mas sentia medo em perdê-la. De mãos dadas, foram até o local aonde aonde tudo começou... Ela vendou-o, beijou-o docemente nos lábios, disse ao pé do seu ouvido que agora ela amava-o e por isso libertaria-o. Sabia que depois de um pouco de sofrimento, ele conseguiria a valentia que necessitava na sua vida. Beijou-o novamente e disse que ali começava o jogo de pique-esconde. Ela esperaría-o!






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