Chega a bendita sexta-feira acompanhada de muita malandragem,
é sinuca com os amigos,
cervejas com desconhecidos,
novas bocas,
risos à toa.
Chega sábado num verdadeiro frenesi,
são amigos,
balada,
destilados 'a la vonté',
novas bocas,
risos à toa ao quadrado.
Chega domingo, o maldito domingo,
primeiro a ressaca,
depois chimarrão com os amigos.
O riso já sai forçado,
no peito uma inquietação,
sensação de estar faltando algo/alguém.
O final de semana com os amigos termina perfeito (mesmo que disfarçadamente).
A segunda etapa dominical é nostalgicamente deprimente,
Queria ter o poder de apressar o tempo e pular o domingo,
que é quando penso em ti,
quando vou à praça e vejo casais deitados no gramado trocado carinhos,
é quando vejo velhinhos passeando de mãos dadas,
quando vejo um casal dividindo os fones de ouvidos.
Tentei a todo custo te esquecer,
dancei,
beijei,
bebi,
enloqueci,
Tudo em vão,
como na semana passada,
no mês passado,
como nos últimos sete meses.
A semana podia ser de segunda a sábado,
porque nesses dias, eu sei que penso em ti, mas penso porque planejo formas de te esquecer.
E quando chega o domingo, em apenas um dia, vejo destruído todo o meu esforço... PORQUE O QUE EU QUERO É SÓ VOCÊ!