domingo, 18 de outubro de 2009

História universitária

Esses dias aconteceu-me algo, digamos que um tanto engraçado. Sabe aquelas estórias que costumam acontecer quando nós estamos mais ou menos no final do Ensino Fundamental e acabamos nos apaixonando pelo "carinha" do 3° ano do Ensino Médio? Aquela paixão platônica, que jamais passará de um simples "Oi".
É sim engraçado quando isso acontece já na faculdade, é claro que não existe o problema da diferença de idade, mas as divergências entre tribos, cursos, assuntos profissionais, etc. Mas parece que quando a vida nos reserva algo, não há diferença que possa afastar o que está predestinado à acontecer!
Passaram alguns dias do mês de agosto quando as aulas reiniciaram, alguns colegas diferentes na turma. Entre eles um que eu já admirava desde o primeiro semestre, mesmo ele sendo estudante da sala ao lado. Antes apenas cumprimentos pelos corredores e algumas trocas de olhares. De repente ele estava sentado do meu lado e estávamos conversando através de bilhetinhos para não atrapalhar a aula que iniciava-se. Não havia assunto daquela aula de sexta-feira que fosse conseguir chamar a minha atenção enquanto ele continuasse perto de mim. Em duas semanas, já havíamos arrumado uma maneira de nos comunicarmos fora da sala de aula. Bastou uma conversa pelo "MSN" para que houvesse a tão esperada troca dos números de telefones. Foi então que essa estória começou a tomar forma. Em um dia, zilhões de "SMS" e a vontade de ver aquele rosto que me olhava tão fixamente, aumentava cada vez mais. E quando estava ao seu lado, o meu coração disparava. Meu Deus o que estava acontecendo comigo? Não. Isso não pode ser! Apaixonada, nem pensar! Não. Não. Não. Tentei afastar tal sensação, mas aquele sentimento bom crescia a cada diálogo, a cada troca de olhares, tudo parecia tão banal quando ele estava presente. Só era do meu interesse o que ele me contava.
Durante o intervalo, não nos desgrudamos. E nossos assuntos pareciam não ter fim, política era o seu ramo. E eu não entendia nada! Mas mostrei-me interessada, era maravilhoso observar seus lábios articulando tais palavras com tanta segurança. Lembro-me bem da data, era o nono dia do mês de setembro, após um café fomos à biblioteca procurar alguns livros de inglês do nível um. Estávamos um pouco perdidos dentro daquele enorme lugar, o primeiro foi fácil de encontrar, encontrava-se numa das estantes do subsolo da biblioteca. Já na busca do segundo livro, tivemos que fazer uso do elevador pois o mesmo encontrava-se no segundo andar. Lá era silencioso e havia apenas um homem que parecia bem concentrado em sua leitura. Naquele andar, encontravam-se os referenciais, livros que subsidiam os trabalhos de pós-graduação, entre eles ficam os livros que não podem ser retirados de dentro da biblioteca, que são para consulta local. Procurávamos um dicionário de inglês-português e português-inglês. O clima entre nós era ótimo uma mistura de molecagem com sedução. Encontramos a estante, ajoelhei-me no chão para melhor localizar o livro procurado. Ele olhava-me intensamente nos olhos e por um instante, senti meu coração pulsando cada vez mais rápido e a minha respiração acelerada, ele então beijou-me nos lábios. Naquele instante tudo parou e eu pude sentir uma sensação maravilhosa, na qual faltam-me palavras para expressar. Minha inocência falou mais alto e logo eu quis sair daquele lugar para ter a certeza de que eu realmente estava acordada. Os dias foram passando e as mensagens no celular eram cada vez mais constantes e com palavras ainda mais intensas, os beijos eram cada vez mais longos e saborosos. As semanas foram passando e a intimidade chegou muito de pressa entre nós, confidências, carinhos...
Porém, é como diz uma música do "Nenhum de nós" [...] foi pouco tempo, mais valeu, vivi cada segundo. Vou deixar que o destino mostre a direção!
Essa estória ainda dura, até quando não sei. E está justamente aí a graça dessa situação tão gostosa. A única certeza que eu possuo, é que vamos viver juntos enquanto estivermos felizes!
Quando menos esperamos, a vida sorri para nós. Mas é importante estar atento aos sinais que ela nos dá. Pode ser que nem tudo saia como você planejou, mas porque não viver o inesperado? O que é errado pode tornar-se certo, basta modificar a ordem dos fatos... O importante é aproveitar cada minuto como senão existisse o próximo segundo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Leia, sinta e se desejar, converta em palavras...